Mariana Guimarães é cantautora: autora, cantora e compositora. Desde pequena que a escrita, a música e a dança são as suas formas de expressão. A arte e a comunicação sempre fizeram parte da sua vida. Cresceu perto do mar em Portugal e pelo mundo. O CCB e a Culturgest eram a sua segunda casa. Uma mãe autora e professora universitária de Literatura Oral e Tradicional, e um pai também autor e artista plástico, viveu uma infância a acompanhá-los em viagens e conferências e espetáculos, e sempre no meio de livros, livros e mais livros.

Encheu caixas e caixas de diários e textos soltos desde pequena, que de secretos foram-se tornando partilhados. Dos 3 aos 21 anos teve aulas de piano clássico e fez parte e foi solista do coro do colégio.

Descobriu na adolescência o seu lado perfomático e de dança de expressão livre. No entanto, estava determinada a trabalhar em ONGs, “resolver os problemas do mundo e despertar as pessoas para o seu bem-estar independentemente das suas circunstâncias”. Depois de experimentar um ano de Direito e se apaixonar por Antropologia, seguiu a sua paixão e fez a licenciatura de Antropologia na Universidade Nova de Lisboa, tendo feito o seu trabalho de campo numa casa e escola de fados – Clube Lisboa Amigos do Fado – em Marvila.

Depois da licenciatura, de um estágio na Amnistia Internacional e de meses de voluntariado, decidiu tirar o Mestrado em Empreendedorismo Social, para aprender a fazer dos seus projetos sustentáveis. Trabalhou durante 7 anos na área da intervenção social e comunitária e de desenvolvimento pessoal e humano em ONGs e de forma independente, e nos últimos anos dessa época, debruçou-se em particular a agir através da arte e para contribuir para a realização pessoal e social e profissional das pessoas com quem trabalhava.

A escrita, a música e a dança foram mais uma vez ganhando maior importância, tendo sido co-fundadora, cantora e compositora do projeto NÓS VOZ de canções meditativas originais, fazendo concertos mensais, interativos e meditativos. Foi aí que foi convidada para trabalhar em escolas e com crianças. Entre projetos artísticos de música e dança dos quais participou, músicas por encomenda que fez para projetos educativos e para um espetáculo de dança, foi criando o seu projeto a solo e fazendo cada vez mais música, atuações e concertos. Em Março 2023 fez o seu primeiro concerto de originais com banda no Cineteatro João Mota em Sesimbra, a convite da Câmara Municipal de Sesimbra, no âmbito do programa Gente de Cá, e em Outubro do mesmo ano lança o seu primeiro disco, “Alguém me leve”, apresentado na Casa da Música no Porto, em diversas FNAC Sessions, e agora no dia 26 de Novembro no Teatro Ibérico, em Lisboa.

Apesar do grande produtor deste álbum ser o João Só com o Suave, este álbum contempla também os seus dois primeiros singles, produzidos por John Jesus e um single produzido por Manel Ferreira e Iúri Oliveira. 

Este seu primeiro disco foi chegando depois de um longo percurso a trabalhar em intervenção social e desenvolvimento pessoal que a levou a entregar-se por inteiro à arte como casa e como asas para explorar um mundo mais feliz. “Alguém me leve” é uma viagem às entranhas da alma e do ser humano. Um abrir de uma gaveta que afinal é porta, seguir em frente e deixar que os sonhos nos levem pela mão. Sem limites de idade, as canções, com influências pop, música portuguesa e do mundo, dão sentido ao que parece não ter, agradecem, celebram, e despertam para a substância da vida.